Em estudo encomendado à Economist Intelligence Unit (EIU) pelas empresas Dell e FedEx, empregadores da América Latina acreditam que os trabalhadores da região não possuem habilidades necessárias para atuar no mercado global e competitivo de hoje. Mesmo os alunos que estão na faculdade e ingressando no mercado de trabalho com diploma na mão não possuem características esperadas pelos empresários, o que pode prejudicar a sustentabilidade de companhias no continente.
A pesquisa revela ainda que alunos se formando na faculdade e ingressando no mercado de trabalho frequentemente não possuem habilidades interpessoais, um fato que pode prejudicar suas chances para sucesso e a sustentabilidade de empresas da região. Praticamente todos os entrevistados (97%) disseram que a globalização aumentou a necessidade de habilidades interpessoais.
Entre as habilidades apontadas, estão o pensamento crítico (76%), resolução de problemas (73%) e para a vida cotidiana (72%) – cada vez mais importantes no trabalho. Além disso, habilidades específicas como múltiplos idiomas, proficiência em tecnologia e ciências, engenharia e matemática foram selecionadas como áreas que serão importantes em cinco anos – especialmente para pequenas empresas.
O estudo aponta que parceiras entre o setor público e o privado são fatores críticos para melhorar a qualidade da educação na América Latina. Ao ajudar a melhorar as qualificações do estudante, grandes empresas se concentram mais em buscar melhorias dentro das instituições de ensino, enquanto as pequenas empresas buscam levar os alunos para o mercado por meio de estágios e programas que integrem o estudo e o trabalho.
De acordo com a pesquisa, o desafio que a região enfrenta para atender às demandas do novo ambiente de negócios global reside no treinamento das pessoas em habilidades técnicas (ciência, tecnologia, engenharia e matemática) e interpessoais. Os executivos na América Latina concordam que o setor privado desempenha um papel importante na preparação de alunos.
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